Como sabemos pelas
pesquisas, algumas teorias sugerem que a Colestase pode ter causas
genéticas e recebo inúmeras histórias de mamães Colestáticas,
mas poucas com relato de colestase mostrando esse fator, e uma dessas
histórias é a da Mariana de 36 anos-SP, que descobriu para seu espanto
que sua mãe também teve colestase, reforçando porém ainda mais
essa teoria.
Pedi para Mari
escrever um pouco da sua história para o blog, vamos conhecê-la:
Descobri que estava
grávida com 35. Tive uma gravidez super difícil, com mioma grande e
dolorido, descobrimos muito cedo que nosso bebê tinha apenas um rim,
nenhum motivo para se preocupar até então. Só que para piorar nas
32 semanas descobri a colestase. No começo era apenas uma coceira
insuportável, fiz os exames de sangue para ver como estava a
bilirrubina e descobrimos. Mudei de médica com 34 semanas, porque eu
tinha muito desejo de ter o parto normal. A médica nova, Dra Betina
Bittar me acompanhou bem de perto e me disse que por conta da
colestase eu teria que parir até as 38 semanas, não seria bom
passar disso pois poderia afetar o bebê. Então eu e minha coceira,
eu e minha parceira escova de cabelo seguimos em frente até as 36
semanas. Com muito banho na madrugada pois era a única maneira de me
aliviar e com a escova de cabelo para me coçar nos outros momentos.
Dormir era só quando estava realmente exausta. E sim, acordava para
me coçar. pés e mãos doíam muito de tanto coçar. Chegamos nas 36
semanas e Dra Betina resolveu tentar a indução por meio da
acupuntura, se não funcionasse, iriamos para as outras duas maneiras
de induzir: os comprimidos e depois, a ocitocina. A partir das 35
semanas fazíamos exames como cardiotoco regularmente, cada 3 dias,
para ver como estava o bebê. Graças a Deus ele estava sempre bem,
com pouca alteração nos batimentos.Pois bem, com 36+2 comecei a ter
contrações bem doloridas, fizemos outra sessão e aí sim, comecei
a ter contrações bem fortes e por momentos ritmadas. Com 36+6
entrei em trabalho de parto e pari 24 horas depois no labor do São
Luís. A coceira parou imediatamente após o parto.
Depois de uns meses
recebi a visita da minha tia, irmã mais nova da minha falecida mãe
(minha mãe morreu por conseqüência de uma hepatite quando eu tinha
8 anos), e para meu espanto minha tia relatou que minha mãe durante
a gravidez também tinha coceiras, usava uma escola de cabelo para se
coçar! Imaginem o que passou pela minha cabeça? Minha mãe teve
Colestase e não sabia! E ela teve nas duas gestações. Nascemos
ambos prematuros, eu e meu irmão de parto normal, mal deu tempo de
chegar ao hospital...conta meu pai que eu mesma nasci saindo do
elevador. Me espantei e conversei com a mãe lá no céu, mãe,
entendo exatamente o que tudo o que você passou!