Obs: Posts baseados na minha história de vida. Qualquer sintoma atípico na gravidez procure sempre seu Ginecologista.

20 de set. de 2014

Genética e Colestase

Como sabemos pelas pesquisas, algumas teorias sugerem que a Colestase pode ter causas genéticas e recebo inúmeras histórias de mamães Colestáticas, mas poucas com relato de colestase mostrando esse fator, e uma dessas histórias é a da Mariana de 36 anos-SP, que descobriu para seu espanto que sua mãe também teve colestase, reforçando porém ainda mais essa teoria.
Pedi para Mari escrever um pouco da sua história para o blog, vamos conhecê-la:

Descobri que estava grávida com 35. Tive uma gravidez super difícil, com mioma grande e dolorido, descobrimos muito cedo que nosso bebê tinha apenas um rim, nenhum motivo para se preocupar até então. Só que para piorar nas 32 semanas descobri a colestase. No começo era apenas uma coceira insuportável, fiz os exames de sangue para ver como estava a bilirrubina e descobrimos. Mudei de médica com 34 semanas, porque eu tinha muito desejo de ter o parto normal. A médica nova, Dra Betina Bittar me acompanhou bem de perto e me disse que por conta da colestase eu teria que parir até as 38 semanas, não seria bom passar disso pois poderia afetar o bebê. Então eu e minha coceira, eu e minha parceira escova de cabelo seguimos em frente até as 36 semanas. Com muito banho na madrugada pois era a única maneira de me aliviar e com a escova de cabelo para me coçar nos outros momentos. Dormir era só quando estava realmente exausta. E sim, acordava para me coçar. pés e mãos doíam muito de tanto coçar. Chegamos nas 36 semanas e Dra Betina resolveu tentar a indução por meio da acupuntura, se não funcionasse, iriamos para as outras duas maneiras de induzir: os comprimidos e depois, a ocitocina. A partir das 35 semanas fazíamos exames como cardiotoco regularmente, cada 3 dias, para ver como estava o bebê. Graças a Deus ele estava sempre bem, com pouca alteração nos batimentos.Pois bem, com 36+2 comecei a ter contrações bem doloridas, fizemos outra sessão e aí sim, comecei a ter contrações bem fortes e por momentos ritmadas. Com 36+6 entrei em trabalho de parto e pari 24 horas depois no labor do São Luís. A coceira parou imediatamente após o parto. 
Depois de uns meses recebi a visita da minha tia, irmã mais nova da minha falecida mãe (minha mãe morreu por conseqüência de uma hepatite quando eu tinha 8 anos), e para meu espanto minha tia relatou que minha mãe durante a gravidez também tinha coceiras, usava uma escola de cabelo para se coçar! Imaginem o que passou pela minha cabeça? Minha mãe teve Colestase e não sabia! E ela teve nas duas gestações. Nascemos ambos prematuros, eu e meu irmão de parto normal, mal deu tempo de chegar ao hospital...conta meu pai que eu mesma nasci saindo do elevador. Me espantei e conversei com a mãe lá no céu, mãe, entendo exatamente o que tudo o que você passou!

 
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